sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A bizarrice dos nomes

Saiu hoje no G1 uma matéria falando de pessoas que decidem trocar seus nomes pois são absolutamente bizarros. Já ouvi falar de gente que registrou filhos com nomes como Madinusa (de made in usa), Email (leia: emaíl) e Interneide...

Tenho uma amiga que tem três filhos, Pedro, João e Gabriel, e um dia ouviu a seguinte conclusão da faxineira: "A senhora gosta de nome de pobre, né?"

O problema é exatamente o inverso: as pessoas mais ignorantes é que adoram nome estrangeiro. Parece que quanto mais estranha a grafia, melhor. Afinal, Eduardo, José, Antônio e Laura são muito banais! O bom é Haleydavidson, Jenifferanne, Swellenkelly e Dayanny...

Segue abaixo parte da matéria:
Wonarllevyston, aos 13 anos, consegue mudar nome na Justiça de MS. Mãe do garoto, Dalvina, acrescentou Xuxa ao próprio nome. Prima dele se chama Linda Blue Junia Sharon Mell Melina Marla Cyndi.

O cidadão brasileiro que quiser mudar o nome que o incomode, provoque constrangimento ou o exponha ao ridículo pode pedir na Justiça a alteração do Registro Civil. Esse foi o caso do estudante Wonarllevyston Garlan Marllon Branddon Bruno Paullynelly Mell (e outros três sobrenomes, que não serão citados para preservar o jovem, de apenas 13 anos).

A mãe dele, Dalvina Xuxa (e dois sobrenomes), entrou com o processo de retificação de registro civil em Campo Grande, em abril de 2007. O juiz Fernando Paes de Campos, da Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, autorizou, em agosto do mesmo ano, a mudança do nome do garoto, que hoje passou a ter um nome composto e dois sobrenomes.

Veja lista com pessoas que pediram para mudar o nome na Justiça de MS:
Altezevelte
Alucinética Honorata
Maxwelbe
Claysikelle (esse é o mais mais!)
Maxwelson
Mell Kimberly
Wildscley (sem comentários!)
Frankstefferson (sensacional!)
Hedinerge
Starley
Hezenclever
Uallas
Udieslley
Ulisflávio (deve vir de o Luis Flavio...)
Hollyle
Hugney
Necephora Izidoria
Kristofer Willian
Locrete
Venério (sacanagem...)
Walex Darwin
Yonahan Henderson
Maxwelson
Wochton
Wallyston
Waterloo
Wolfson

Detalhe: o coitado do Wonarlleviston só quer se chamar Bruno!

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL843152-5598,00-WONARLLEVYSTON+AOS+ANOS+CONSEGUE+MUDAR+NOME+NA+JUSTICA+DE+MS.html

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A Derrota de Paes

Pronto, chegou um texto da Cora Rónai que é justamente o que eu tava precisando publicar aqui:

Abrindo mão das próprias convicções (se é que um dia as teve), aliando-se ao que há de mais podre no estado, gastando rios de dinheiro, jogando sujo, usando descaradamente a máquina estadual, federal e universal, beneficiando-se até de um feriado mal intencionado, enfim, com tudo isso, Eduardo Paes só conseguiu ganhar de Gabeira por 50 mil míseros votos. Como vitória política, já é um resultado extremamente questionável; mas do ponto de vista pessoal, é uma derrota acachapante.

Eduardo Paes levou a prefeitura, sim, mas de contrapeso ficou com uma quadrilha de aliados que não deixa nada a dever àquela que ele acusava o presidente Lula de comandar. Vai ser prefeito, sim, mas vai ter de arranjar boquinhas para o Crivella, para o Lupi, para o Piciani, para a Clarissa Garotinho, para o Roberto Jefferson, para a Carminha Jerominho, para o Babu, para o Dornelles, para a Jandira... estou esquecendo alguém?

Conquistou um cargo, é verdade, mas conquistou também o desprezo mais profundo de metade do eleitorado.

Em compensação, como carioca, perdeu a chance de viver um momento histórico, em que a prefeitura seria, afinal, ocupada por um homem de bem, com idéias novas e um novo jeito de fazer política; perdeu a chance de ver o Rio de Janeiro sair do limbo a que foi condenado nas últimas décadas, e ganhar projeção pela singularidade da sua administração.

Se Gabeira tivesse sido eleito prefeito, o Rio, que hoje não significa nada em termos políticos, voltaria a ter relevância, até pelo inusitado da coisa. Um prefeito eleito na base do voluntariado, do entusiasmo dos eleitores e da vontade coletiva de virar a mesa seria alguém em quem o país seria obrigado a prestar atenção.

Agora, lá vamos nós para quatro anos de subserviente nulidade, quatro anos em que o recado das urnas será interpretado, pela corja que domina esta infeliz cidade, como um retumbante "Liberou geral!"
Nojo, nojo, nojo.

domingo, 26 de outubro de 2008

Derrota

Nem acredito...
Perdemos a chance de dar uma virada no jogo de interesses que rege a política.
Perdemos todos, tanto os que votaram em Gabeira, como os que se deixaram iludir pela rica campanha de Eduardo Paes.
A cidade perdeu, o Rio está triste, calado.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O presidente nos ameaça no Rio?

Gente, olha, sei que agora em outubro esse blog mais parece um blog de campanha, mas é que não dá pra ficar calada só assistindo sem lutar pela melhoria da qualidade de vida na cidade em que vivemos e que tanto amamos.
Então, mais uma vez, ataco com um texto de Beatriz Diniz, minha amiga jornalista:

Sou cidadã brasileira, natural do Rio de Janeiro, eleitora, pagante de impostos, e não apenas acredito como tenho certeza absoluta que relações institucionais entre esferas de poder não devem, em uma democracia, ser baseadas em interesses partidários, eleitorais ou pessoais.
No entanto, a Justiça Eleitoral permite que o Presidente da República faça campanha para um candidato qualificando como verdadeira a parceria Lula/Cabral/Paes e publicamente vinculando parceria harmoniosa do governo federal com a prefeitura dependendo do prefeito que for eleito pela população.
A cada vez que vejo comercial que divulga o apoio do Presidente Lula à campanha de Eduardo Paes, me sinto ameaçada como cidadã e como eleitora.
Transcrição do Comercial:
Fala do Presidente Lula: "se você tem um Presidente da República e um Governador que estão estabelecendo uma harmonia extraordinária nas relações políticas e nas suas relações administrativas, é importante que a gente tenha um Prefeito afinado com essa harmonia."
Fala do narrador: "uma parceria forte por recursos para levar o PAC a mais comunidades e expandir a rede upa 24 horas a todos os bairros."
Fala do Presidente Lula: "por isso, Sergio Cabral, Eduardo Paes, estejam certos que da minha parte iremos trabalhar harmonicamente e iremos trabalhar fazendo verdadeiras parcerias porque o povo da cidade do Rio de Janeiro merece."
O Presidente parece tentar enganar os eleitores, pois Lula não pode afirmar que o candidato que não apóia não estará afinado com a harmonia já existente entre o governo federal e o governo estadual. O Presidente Lula não pode garantir que harmonia será preservada apenas pelo seu candidato - a não ser que Lula se recuse a estabelecer relações e parcerias harmoniosas com eleitos não apoiados por ele .
No comercial da campanha de Eduardo Paes, Lula afirma que "é importante que a gente tenha um prefeito afinado com essa harmonia", ou seja, fica claro que essa harmonia não é importante para a cidade ou para a população e sim para "a gente", pois que gente é essa senão eles mesmos, Presidente, Governador e candidato do Governador e do Presidente? Isso é democrático e legal, é moral e decoroso um Presidente da república se posicionar publicamente nestes termos?
Se o Presidente afirma que irá trabalhar harmonicamente com Sérgio Cabral e Eduardo Paes, podemos entender que Lula não trabalhará harmonicamente com governadores e prefeitos não apoiados por ele e seu partido? Se o Presidente classifica como verdadeiras as parcerias com o governador e o candidato a prefeito que apóia, então, são falsas as parcerias com governadores e prefeitos não apoiados por Lula e seu partido? Se o Presidente afirma que trabalhará fazendo verdadeiras parcerias porque o povo da cidade merece, Lula quer dizer que parcerias não verdadeiras são o que merece o povo da cidade que eleger candidato diferente do apoiado por ele?
O apoio do Presidente e do governador deve ser a prefeituras e não a prefeitos, deve existir independente de afinidade política, eleitoral ou pessoal. Lula é indecoroso e nos desrespeita ao condicionar recursos do governo federal à eleição de seu candidato a prefeito no Rio, essa condição pode ser interpretada como uma ameaça aos eleitores, aos cidadão e à democracia. Lula, como Presidente, tem obrigação institucional de se relacionar com representantes de outras esferas de poder eleitos democraticamente, e não pode se negar a investir no Rio se o candidato dele não for eleito pela população do Rio. E a justiça eleitoral não deveria permitir que o Presidente de nosso país se preste a esse papel de ameaçar os cidadãos do Rio ao condicionar recursos públicos aos seus interesses eleitorais.

Texto escrito por Beatriz Diniz, jornalista profissional, que trabalhou em 15 campanhas eleitorais (PMDB, PSDB, PT e PDT), e que acredita na vitória da cidadania na cidade do Rio

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Eu quero fazer a minha parte

Esse vídeo foi desenvolvido por uma amiga jornalista, Beatriz Diniz, visando a divulgar formas de melhor viver e respeitar o planeta. É uma campanha muito bacana.

O site dela tem outras campanhas, vale conferir: http://www.comunicacaoecidadania.spaces.live.com/

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Faço votos

Como a sincronicidade não falha, recebi ainda agora por email o texto de Anna Maria Ribeiro que reproduzo aqui. Serve de alerta e orientação aos que insistem em taxar o Gabeira de maconheiro e outras cositas más:

Faço votos para que os eleitores deste Rio de Janeiro tão lindo e tão maltratado percebam, neste segundo turno, que promessas e intenções declaradas em campanha só têm credibilidade quando respaldadas por uma história de vida. Qualquer um pode dizer "eu sou". Muito poucos podem dizer "eu fui". Da mesma forma o "eu vou fazer" diz muito menos do que o "eu fiz".

Faço votos para que os eleitores atentem para o fato inédito de um dos candidatos ter condicionado sua candidatura a uma carta branca que lhe permitisse escolher seus auxiliares - se eleito - por um critério de competência e não por indicações políticas dos partidos que o apoiaram. Tem sido assim, não é? E como resultado constatamos ser a incompetência ainda mais danosa que a corrupção.concorrendo ainda para que esta ocorra. Acreditem! Os prejuízos por ela causados são incalculáveis e seus efeitos perversos atravessam décadas.

Faço votos para que estudem com atenção as propostas deste candidato. Nelas não se faz presente o impossível nem as promessas vãs. Como exemplo: todos nós, é claro, ansiamos por segurança. Mas é possível garanti-la na esfera municipal? Claro que não. No entanto é possível a atuação da Prefeitura numa ação de inteligência que municie com informações valiosas àquelas esferas que têm por dever nossa proteção, possibilitando a adoção de medidas que não sejam meramente pontuais e conjunturais. Isto é prometer o possível. A recondução do Rio ao papel de capital cultural é mais que possível. Ações coordenadas nas áreas de educação, saúde, saneamento e infra-estrutura também são e se conduzidas com competência e pé no chão também terão impacto na área de segurança.

Faço votos para que observem neste candidato a ausência do ódio, do revanchismo, do vociferar, da postura histriônica quando em frente às câmeras e a presença da intervenção firme, corajosa e respeitosa com que sempre ocupou a tribuna ou participou de comissões parlamentares. Nunca jogou para platéia. Jogava para o Brasil. Como sempre o fez, desde muito jovem.

Faço votos para que pessoas como eu - velhas ou terceira idade se preferem - não se abstenham de votar. A Lei não nos obriga, é fato. Mas a gente deveria se obrigar, não é? Pode ser que não se veja pessoalmente o resultado, mas os filhos e netos verão. Não é assim construído o futuro? Conhecemos, ao contrário dos jovens, uma época em que existiam políticos mais sérios. Não eram exceções como este de quem vos falo. E, por que sabemos das coisas podemos dar o exemplo.

Vamos lá. Ainda é tempo.

Faço votos para que os eleitores não acreditem em milagres. Na esfera administrativa eles não existem. Os resultados quando existem são construídos pela competência, pela cultura, pela ética, pelo trabalho, pela união de esforços, pela disseminação do conhecimento, pela compaixão não piegas por este povo tão sofrido.

E se meus votos forem ouvidos teremos orgulhosamente Fernando Gabeira como Prefeito desta cidade maravilhosa que mais que merece melhores dias, não apenas por ser linda e mundialmente conhecida, mas por ser a nossa casa. E casa da gente é muito importante para que dela façamos uma entrega sem pensar.

Anna Maria Ribeiro, 78, é Analista de Sistemas e Roteirista

domingo, 5 de outubro de 2008

Estamos no segundo turno!!!