quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Sobre o coração

Achei uma passagem muito linda, escrita pela romancista britânica Charlotte Bronte (1816-1855). Eu a havia anotado num pedacinho de papel que hoje caiu de um livro... vai para o blog... um pouco de poesia. O original é assim:

The human heart has hidden treasures
in secret kept, in silence sealed
the thoughts, the hopes, the dreams, the pleasures
whose charms are broken if revealed.

A tradução:
O coração humano tem tesouros escondidos
Em segredo mantidos, em silêncio selados
Pensamentos, esperanças, sonhos, prazeres
cujo encanto quebraria se revelados.



foto: Sascha Mühlenhoff

Ainda no tema do coração humano, não deixem de assistir o último filme do Woody Allen, Vicky Cristina Barcelona, um filme sobre os desejos do coração e talvez sobre sua eterna insatisfação. O que esperamos do amor? Estabilidade ou arrebatamento? Será que sempre falta alguma coisa, algum ingrediente secreto? E, se sempre falta esse tal ingrediente secreto, será que não deveríamos nos contentar com a falta dele? Ou será que devemos buscá-lo como aventureiros incansáveis? Vale um debate.

6 comentários:

Anônimo disse...

Que beleza de poema!
Bjs
Marilia

Anônimo disse...

queridissima!!
estou sempre no seu blog , mas escrevendo pouco p\ ele...não por falta de prazer ,muito pelo contrario!!!...falta de tempo mesmo...
-sempre dicas ótimas , assuntos sempre interessantes ,bem escritos ...e hoje , especialmente com essa "belezura"!!!!DELICADA!!!bjs e obrigada!!
chris baerlein

Adriana Pinheiro disse...

Olha que beleza de poema um amigo enviou como comentário desse post:
Velho Tema I

Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada;
Nem é mais a existência, resumida,
Que uma grande esperança malograda.

O eterno sonho da alma desterrada
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.

Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim: mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.


Vicente de Carvalho

Valeu, amigo!!!é isso mesmo, temos que aprender a plantar a árvore de pomos dourados bem pertinho de nós..

Anônimo disse...

Adriana, ainda não vi o filme mas...
Não gosto de pensar em me "contentar com a falta de"...
Em contrapartida fico exausta só de pensar viver constantemente "em busca de"...
Vida difícil! Bjs, Isabel

Também adorei o poema que é lindo. Mando-lhe um que amo, do nosso Miguel Torga.

Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura,
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde com lucidez te recomeças.

Adriana Pinheiro disse...

Lindo poema, Isabel! Não conhecia... adorei! Beijo, obrigada pelo carinho

Anônimo disse...

Parabéns, pelas iniciativas tomadas
juntos aos comerciantes para que
não utilizem embalagens plásticas.
Parabenizo ao proprietário do res-
taurante NANQUIM, por ter aderido
a idéia.
Esse é o bloco do André Trigueiro..