quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Maria Brechó - um novo projeto

Gente do céu, ando sumida daqui e tudo por causa da tal novidade que havia prometido... Colocar uma idéia em prática requer, como quase tudo, muita dedicação, carinho e comprometimento. Na astrologia, projetos e filhos têm uma mesma simbologia, afinal, são concebidos, gerados, criados e - a gente espera - ganham força própria no mundo. (Também nos roubam noites de sono e dão um trabalho danado!) Ao mesmo tempo, renovam nosso ânimo, e eu confesso que estava precisando... E foi assim que me senti durante o processo: gestando.

A concepção se deu por acaso, em junho passado, numa mesa de japonês no Leblon, mas tinha a realização de um sonho antigo como pano de fundo. Para passar do plano das idéias para o virtual, foi necessário o trabalho de uma equipe composta por designer, ilustradora, programadores e outros queridos incentivadores. E ainda a força incansável da minha sócia nessa aventura: uma amiga jornalista muito simpática, elegante e determinada. Amém.

O propósito desse novo espaço é reciclar, servir como ponte, fazer a energia circular. É pegar aquela roupa ou objeto que ainda estão novos, mas que por qualquer razão se tornaram excedentes aos olhos de uma pessoa, e fazê-los ir para as mãos de outra, pra quem eles sejam realmente uma novidade. A proposta também inclui vender peças absolutamente novas e exclusivas de artistas, novos designers e artesãos.

Enfim, é com muita alegria e expectativa que estamos colocando no ar o nosso site de compra e venda de roupas (feminino, masculino e infantil) e objetos de casa, arte e design. Esperamos que visitem, gostem, comprem, vendam, divirtam-se e, se puderem, ajudem a divulgar! Sua participação é essencial!

A Maria Brechó agradece!
logo: Romano Design

domingo, 4 de outubro de 2009

Domingo chuvoso

Contrariando a teoria da Calcanhoto, cariocas gostam de dias nublados sim, falo por mim. Sei que a maioria prefere sol, sal e cerveja - também gosto muito. Mas não inventaram nada mais gostoso do que abrir os olhos num domingo e o céu estar nublado. Um convite à preguiça e à contemplação. Sem culpa, sem obrigação de pular da cama e inventar um programa pra "ser feliz".

O domingo chuvoso é o dia certo para fazer tudo na maior calma: ler o jornal, sair andando na chuva pra comprar um almoço (no meu caso, sem guarda-chuva que é pra aproveitar e tomar um banhozinho com gosto de infância), tirar aquela soneca reparadora, assistir um dvd, ler um livro, tomar café com bolo, enfim, tudo que a gente aprendeu erroneamente a chamar de "não fazer nada". E não fazer nada é a recarga certa na bateria, é o velho, bom, sagrado e esquecido "descansar". Um luxo.

Não dá pra ser melhor.


foto: Rodrigo Romano

Em tempo: a próxima vez que escrever aqui, terei novidades!!!

domingo, 20 de setembro de 2009

Tudo cinza

Andando ontem pela rua Jardim Botânico, notei que todos os carros parados no sinal - e não eram poucos - eram da mesma cor, todos em tons de cinza, uma coisa meio grafite, meio prata, ou pretos. Essa monotonia cromática só era quebrada pelo amarelo-desmaiado dos taxis, uns poucos carros brancos e pelos eventuais clássicos carros vermelhos. Ouvi dizer, ou li em algum lugar, que os carros vermelhos eram os mais assaltados em sinais de trânsito, não sei se é verdade... esquisito que uma cor possa chamar mais a atenção do ladrão, mas não duvido nada que a cidade maravilhosa tenha inconscientemente cedido à direção de arte da bandidagem...

Essa estranha constatação desencadeou uma série de memórias da minha infãncia e adolescência: lembrei das várias cores dos fusquinhas - minha mãe tinha um ocre - havia os verde-abacate, os azulões, os azul-calcinha. Meu pai teve um chevette carinhosamente apelidado de Trovão Azul, "Trovão", para os íntimos. Tinha um amigo que era dono de um baja chamado Quindim e uma amiga que tinha um fusca vermelho, o Bombeirinho. As cores davam personalidade aos carros, faziam deles parte da turma, ou da família.

Você pode estar pensando que estou com saudades dos carros coloridos, mas não estou. Ou pode estar se perguntando que importância tem essa minha observação: nenhuma. E para que não seja simplesmente muito inútil a postagem, sugiro aos que têm filhos que os entretenham no trânsito com algum joguinho do tipo I Spy, em que os carros coloridos valham pontos, muitos pontos.
Dinho dos Mamonas e sua musa, a Brasília Amarela.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Qual lobo vence?

Uns dois anos atrás recebi de uma amiga um email que continha uma linda parábola. De lá para cá, penso nela com frequência e também a uso no consultório. Como tudo o que é simples e, ao mesmo tempo, arquetípico, ela vai direto para a alma e é facilmente compreendida por crianças e adultos. Hoje de manhã, a citei para uma amiga que determinou: "essa é a próxima coisa que você vai postar no blog!". Obedeci:
Uma noite um velho Cherokee contou ao seu neto sobre uma batalha que acontece dentro das pessoas. Ele disse: "Meu filho, há uma batalha feroz entre dois lobos dentro de todos nós.
Um é mau: é a raiva, a inveja, o ciúme, a ira, o arrependimento, a ganância, a arrogância, a auto-piedade, a culpa, o ressentimento, a inferioridade, o orgulho, a superioridade, a insegurança...
O outro é bom: é a alegria, a paz, o amor, a amizade, a esperança, a serenidade, a humildade, a bondade, a honestidade, a solidariedade, a generosidade, a verdade, a compaixão, a fé..."
O pequeno índio pensou naquilo por alguns minutos e perguntou ao seu avô: "Qual lobo vence?"
O velho Cherokee simplesmente respondeu: "O que você alimenta."

Olhos do Giovanni - foto: Ana Cristina Baião

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mercúrio

Para aqueles que vêm pedindo que eu escreva mais sobre Astrologia, no mês de Virgem, um texto sobre seu regente:
Mercúrio simboliza nossa inteligência. A localização de Mercúrio no mapa natal indica como pensamos, como aprendemos, a forma como nos comunicamos, a maneira como percebemos o mundo e arquivamos experiências.

Na alquimia, Mercurius era, ao mesmo tempo, o “espírito criador do mundo” e “o espírito aprisionado na matéria” – assim como nós, que criamos a realidade a partir da nossa percepção dela e que também somos limitados ou aprisionados por essa mesma percepção - uma vez que formamos uma idéia a respeito de algo. Portanto, quando pretendemos mudar algo em nossas vidas, devemos primeiro alterar a nossa visão, percepção ou crença acerca desse assunto. Pode parecer bobeira, mas poder mudar de idéia é sinal de muita liberdade.

A figura mitológica de Hermes representa e traduz perfeitamente a simbologia astrológica do ágil e astuto Mercúrio. Hermes tem múltiplos papéis: mensageiro dos deuses, mago, trickster, ladrão, artesão, senhor dos caminhos e das encruzilhadas, patrono do comércio e dos mercadores, protetor dos viajantes, deus dos limiares, das transições, das palavras e da linguagem. Possui
qualidades de todos os outros deuses.

Por ser o único deus grego a ter livre acesso ao Olimpo, aos mortais e ao mundo subterrâneo, Hermes funciona como uma ponte entre esses três mundos. Assim como a mente, que pode ter acesso a algo superior – o superconsciente, o nível espiritual ou transpessoal; ao consciente, ao dia-a-dia; e ao inconsciente, onde vivem os conteúdos psíquicos profundos. Dessa forma, Mercúrio pode “pescar” conteúdos inconscientes e trazê-los à consciência.



“Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.”
Lya Luft (do livro Pensar é Transgredir)


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mais um da WWF

Essa campanha gerou muita polêmica:




Ainda na onda da postagem anterior, questiono o seguinte: por quê essa compra de aviões de combate, helicópteros militares e submarinos nucleares? Pra que a corrida armamentista? Será que estamos nos preparando para uma futura guerra?

Nâo seria melhor e produtivo investir esses mesmos bilhões em agricultura e infraestrutura?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A natureza contra-ataca

No final do ano passado, escrevi um texto indignado com o acordo bandido que o Brasil estava fazendo com a França. Lula e Sarkozy estão determinados: não vão descansar enquanto não esgotarem os recursos naturais do planeta. Como a França não tem mais o que destruir em casa, resolveu se meter aqui no nosso território, com a total anuência do nosso presidente, é claro. Um submarino nuclear ali, uma base para construção naval no litoral fluminense aqui, um pedacinho da Amazônia ali, uns não sei quantos bilhões aqui e aqui ... e eles estão rindo à toa.

O noticiário da noite seria interessante se não fosse trágico: logo após o anúncio da assinatura do acordo, que agora está causando polêmica com o Ministério da Defesa, estão as notícias do tornado (que ninguém chama de tornado) no sul e sudeste do país. Vento, chuva, enchente, gente desabrigada, gente morta. Um quadro metereológico que não existia aqui poucos anos atrás.

Será que ninguém percebe? Há de haver alguma correlação, algum jogo de causa e inevitável consequência. Achei então que seria apropriado o momento para postar essa linda animação, campanha da WWF-Brasil: