Continuar esperar
esperança entrar,
se escolho ou se tenho,
sem saber empenho.
Cada uma
deixando nascer,
Não irá abortar
com medo de crescer.
Comum então será o dia,
em que loucas ventanias
olhar-se-ão,
reconhecendo teores,abraçando dimensões.
São dimensões urbanas
essas a que me jogo.
Às vezes danço sozinha,
como na panela,
não tenho nome,
às vezes ando distraída.
foto: Maria Cardim, Corumbau, 2010
Ainda do mesmo livro:
Outubro
O que tenho para falar
acontece.
Percebe-se olhando
o que entra,
envolve e passa,
acontece.
A lua nova de outubro
passando estremece e...
vai, continua empurrando,
envelhece e vive.
Viver é envelhecer,
viver envelhece.
Ventanias e Outubro são poemas de Solange Casotti, do livro Ventanias, Sete Letras, 1997.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
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2 comentários:
Eu AMO esta poeta !!!
Cada vez que leio parece a primeira!
Cada vez é diferente.
Como a VIDA e o AMOR, vai mudando...
Lindo !!! Muito lindo!!!
ADOREI!!
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