Pelo bom estado da gatinha, presumimos que ela seja de algum outro morador do prédio, também porque, se não for de um morador, como foi que veio parar no corredor do prédio? pelo sim, pelo não, batemos no apartamento vizinho, sabemos que lá há gatos. O vizinho diz que não é dele, mas também fica encantando com a recém chegada... como os gatos dele são machos, decidimos que a fofolita vai ficar abrigada na casa dele até que o dono apareça. Colocamos um comunicado na portaria dizendo o paradeiro da charmosa. Entro em casa com um misto de dúvida: "se ela apareceu na porta aqui de casa, será que não deveríamos adotá-la? se um dono não aparecer, ela vai ser nossa", decido impulsiva.
O que me leva a escrever essa postagem é o fato das pessoas terem tanta birra com gatos. Quando um gato é carinhoso e afável, sempre tem alguém que diz: "nossa, ele parece um cachorro!" e isso deve ser ouvido como um elogio... Já ouvi todo o tipo de asneira, que gato é traiçoeiro, que não gosta de ninguém, e blá blá blá. Então vamos lá: quem não gosta de gatos simplesmente não os conhece! Porque quem já teve a chance de conviver com um, e é mínimamente antenado com o sutil, ama gatos. O convívio é necessário pois raramente os gatos têm com um visitante o carinho que têm com os "de casa".
Carinhosos, atentos, perceptivos, brincalhões, inteligentes e comunicativos, gatos são deliciosos de conviver. Gostam de gente que gosta de música e de livros. A nossa, se deita de barriga para cima querendo um afago todas as vezes que um de nós chega em casa. Basta contar que uma vez eu estava de cama com uma gripe horrorosa e minha gata vinha volta e meia checar se eu estava respirando, isso mesmo, ela se aproximava e colocava o nariz sob o meu, depois se afastava e deitava à meus pés.
A dadivosa Dra Nise da Silveira tem um livro chamado "GATOS, A EMOÇÃO DE LIDAR", recomendo a leitura para quem queira conhecer melhor esses amigos tão amáveis.
foto: Rodrigo Romano
1 comentários:
É verdade, irmã. Antes eu só gostava de cachorro, achava gato um bicho chato. Mas, depois de conviver com tantos, passei a adorar também. É como você disse: eles são extremamente expressivos, companheiros. Sem falar que possuem personalidades únicas.
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