Foi através da minha saudosa fada madrinha, Tina Pereira, que primeiro ouvi esse poema que vou postar hoje. Desde que Tina morreu, o escutei outras vezes em homenagens à ela, recitado por seus alunos/filhos da Orquestra de Sopros da Pro-Arte, sem no entanto saber de quem era... A orquestra prossegue com dedicação o trabalho maravilhoso que Tina começou: sábado último, emocionada, os assisti tocando Luiz Eça, no Espaço Tom Jobim, uma lindeza! Foi lá que tive a chance de pedir a uma amiga em comum (obrigada, Tetê!) que me enviasse o poema pelo qual havia me apaixonado, que, agora sei, faz parte do livro Mundo Mudo (2003), do poeta mineiro Donizete Galvão: Oração Natural
Fique atento
ao ritmo,
aos movimentos
do peixe no anzol.
Fique atento
às falas
das pessoas
que só dizem
o necessário.
Fique atento
aos sulcos
de sal
da sua face.
Fique atento
aos frutos tardios
que pendem
da memória.
Fique atento
às raízes
que se trançam
em seu coração.
A atenção:
forma natural
de oração. foto: do atento amigo Celso Pereira
http://celsopereira.com.br/
1 comentários:
QUE LINDO, Adriana.
Bjns
I.
Postar um comentário