quinta-feira, 8 de abril de 2010

Bia Diniz - sobre a chuva e o descaso

(Vou publicar o texto da minha amiga, sem tirar, nem por:)

Há mais de 30 anos não se vê uma chuva tão forte como a que cai no Rio de Janeiro desde ontem [segunda, 5 de abril]. Sem dúvida, é uma quantidade enorme de água caindo do céu. Porém, não dá mais para se aceitar que as ôtoridades fiquem sentadinhas em seus gabinetes esperando a chuva chegar e ir embora.

Sempre que chove ocorrem os mesmo problemas por aqui. A água não escoa porque os bueiros estão entupidos de lixo que nós mesmo jogamos em qualquer lugar e a prefeitura não os mantém desobstruídos. A limpeza de bueiros é sempre emergencial, após as tragédias. Deve ser constante, assim como a população tem que ser educada para não jogar lixo em qualquer lugar.

Especificamente desta vez, a chuva forte por mais de 24 horas se combinou à maré alta. Contudo, não vivemos nas épocas de poucos recursos tecnológicos e nenhuma observação de fenômenos naturais. A prontidão pode e deve ser anterior, e não mais posterior como ainda é. Não vivemos na era da ignorância, mas, parece que pouco e mal usamos mecanismos técnicos de prevenção de tragédias anunciadas.

E ainda não parou de chover por aqui não. E nesse exato momento, pouco antes das 16 horas, a chuva está caindo forte e venta pra dedéu...

Entre montanhas e o oceano...

O estado do Rio de Janeiro cresceu meio que entre as imponentes Serra da Mantiqueira e Serra do Mar. Nossos horizontes são montanhas e oceano. Por isso, é tão úmido aqui e chove bastante.

A população ocupa as encostas do Rio sem noção ou com noção, com habite-se ou sem habite-se, no risco. Risco administrado entre votos e propinas. Risco omitido no desrespeito à leis ou em sua mudança. A ocupação irregular e de risco é incentivada até por ôtoridades ávidas por faturar votinhos e/ou propinas.

Deslizamentos, portanto, são eventos prováveis. Viram catástrofes trágicas quando a irresponsabilidade dos administradores públicos se combina ao tempo natural dos fenômenos climáticos e geológicos. E piora tudo quando o clima no planeta já está mudado o suficiente para tornar fenômenos naturais mais fortes.

Então, bora cobrar das ôtoridades que ouçam os técnicos, que decidam com base técnica e não eleitoreira e populista, e que tenham responsabilidade para investir devidamente o sagrado dinheirinho dos nossos impostos. Em cada pedacinho do Brasil...

Culpar a chuva o caramba. Chuva é fator determinante. Responsáveis são aqueles que elegemos para administrar o lugar em que vivemos e que permitem que eventos naturais, secularmente, prováveis se tornem tragédias.

E responsáveis somos nós também, por nos conformarmos com o improviso e não reivindicarmos nossos direitos.

Olha que interessante, tem exemplo de 1854 na matéria sobre o costume de se responsabilizar a natureza por problemas: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/03/27/para-justificar-mau-servico-empresas-apostam-em-desculpas-esfarrapadas-916188684.asp

Sugestão pro seu Cabral:

Que o Mapa Geoambiental do Rio de Janeiro seja livro de cabeceira do governador do Estado. Ele pode aproveitar e presentear os prefeitos com o estudo técnico elaborado, em 2001, pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB).

Inacreditável e surreal

"Nós temos agora que esperar passar a chuva", diz o presidente do nosso país. Nossa, que sabedoria.

E segue com o proselitismo: "E temos que tentar fazer aos poucos o sistema de drenagem funcionar". Aos poucos, tentar?

Infelizmente, não gostamos de lembrar do passado. Se cultivássemos a memória histórica nos lembraríamos que no início do governo lula o Rio de Janeiro sofreu com a falta de investimentos do governo federal no estado.

E não é a propaganda de obras do PAC que resolve problemas seculares da capital e do Estado.

"Quando acontece uma desgraça, acontece", sentencia o presidente. E aviltante e irresponsavelmente ainda tem a cara de pau de afirmar: "O rio de janeiro está preparado para fazer a Copa do Mundo e as Olimpíadas com tranquilidade".

Ahan...


Sustentabilidade é o assunto mais global, importante e atual do planeta. Tem a ver com tudo que fazemos e deixamos de fazer, está em todo setores econômicos e atividades profissionais. Por isso, aproveito a internet para fazer circular os Ecos Lógicos. Pode parecer chato, mas, não custa nada dar uma olhadinha e compartilhar como é lógico dar eco à sustentabilidade. Se você não se interessar, por favor, não delete, encaminhe para seus contatos.

Eco Lógico Sustentabilidade { Produção editorial de Beatriz Diniz [JP 24133/RJ], sem fins comerciais. Compartilhe o conteúdo sempre citando as fontes consultadas.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Trânsitos de Plutão, o poderoso

Chamamos de trânsitos de Plutão as períodos em que o nano-planeta lá confins da galáxia faz aspecto (um ângulo) com um planeta que temos na carta natal ou com um importante ângulo do mapa natal (ascendente, descendente, fundo do céu e meio do céu). Como o sujeito anda devagar, seus trânsitos são raros e únicos, e duram cerca de 3 ou 4 anos. Ainda bem que levam esse tempo todo acontecendo, pois as transformações realizadas são tão profunadas que não poderiam mesmo ser elaboradas por nós num período mais curto.

Plutão é Hades na mitologia grega, o senhor dos mortos e do mundo subterrâneo (leia-se senhor do inconsciente), um cara de decisões irrevogáveis, de quem ninguèm (nem Zeus) ousava discordar. Pouco saía do seu reino e, diferente dos demais deuses, que viviam se metendo em várias aventuras amorosas, Hades apaixonou-se uma única vez e abduziu sua amada Perséfone para viver com ele em seu sombrio reinado. Toda mitologia plutoniana está ligada ao processo de morte e renascimento.
Plutão gosta das profundezas, do que é denso e intenso, é um planeta sem olhos para o superficial. Suas transformações são profundas e têm o gosto da irrevocabilidade, de que nunca mais as coisas serão como antes. E não são mesmo. Somos revolvidos por dentro. Quando se fala do senhor da morte, logo pensamos em morte física: na nossa morte ou morte de um ente querido, mas quero ressaltar que, embora as mortes acima não estejam descartadas - nem em trânsitos de Plutão, nem nos de outros planetas - a morte descrita por Plutão é uma morte simbólica. A morte de uma fase, a morte de uma faceta da gente, da morte da inconsciência de determinados aspectos do eu.

O cunho psicológico de um trânsito dessa monta é um maior reconhecimento da nossa essência e de nosso todo para que vivamos mais de acordo com quem somos. Daí termos a impressão de que estamos diante de decisões e escolhas de extrema importância. Na maioria das vezes, a escolha se restringe apenas a simplesmente "fazermos bom grado aquilo que sabemos que temos que fazer", frase do eterno mestre C.G.Jung. Note que a escolha aqui é o estado de ânimo com que encaramos a inevitável batalha.

Trânsitos de Plutão exigem uma viagem aos quartos escuros da alma. Lá, junto com os ratos, medos e aspectos ocultos do eu, estão também nossos maiores tesouros. Não dá pra chegar aos tesouros sem encarar a sujeirada. Gosto da imagem do dragão que guarda o tesouro. O dragão pode ser uma renúncia, uma perda, uma traição, uma rejeição, uma dependêcia, e precisamos enfrentá-lo para poder então fazer o caminho de volta à vida. É sofrido, mas vale a pena. A recompensa é o desabrochar. Crescemos. Nos descobrimos mais fortes do que pensávamos ser, mais íntegros do que éramos e mais alinhados com nosso propósito de vida.

pintura de C.G. Jung, Shadow Cornered (Sombra Encurralada).

quinta-feira, 11 de março de 2010

O eixo

Estava no ônibus quando vi um cartaz que anunciava um curso de Gerenciamento de Stress. Comecei a pensar no quão eficientemente gerencio o meu. O corre-corre da vida é um convite irrecusável ao stress. As vezes, tenho a impressão nítida de que estou tendo um diálogo com o stress, algo como:
- alô, Adriana, sou eu denovo, o stress, preciso muito falar com você e tem que ser agora!
- ah, "seu" stress, não amola, me deixa, depois falamos, outra hora...
- eu vou estar ligando todos os dias (ah, sim, o stress fala gerundês!), então, vou estar ligando todos os dias e vou estar falando sem parar na sua cabeça sobre problemas, contas a vencer, qualquer outro assunto que vá te tirando do prumo.
- ah, pelamordedeus!
- não tem essa de apelar pra santo não, garota, vou estar te pegando na TPM, isso é certo!
- ah meu pai... Quer saber? Vá pra p*** que o p**** !!!
(desligo) e corro, já stressada, pra algo que me faça sentir bem.

Assim vou eu negocinado com a fera... Não quero nem gosto de ficar fora do eixo. O eixo pode até ser imaginário e sutil, mas existe. É aquela linha reta que entra pelo chakra da coroa ou cucuruto e desce até aquele outro chakra 4 dedos abaixo do umbigo e vai até o chakra da base, acima do fiofó. Os chakras são centros do corpo por onde circula a energia. Não sou fera no assunto, mas vou ilustrar:

Não sou meditante, iogue, nem nada assim, sou apenas uma garota latino americana normalzinha que já aprendeu com terapia que respirar muito fundo alivia o stress e que, as vezes, o apelo do stress é tanto que acho que a gente que nem respira direito... Mas o ponto onde quero chegar é o seguinte: há pessoas que me fazem voltar imediatamente para o eixo. São uma recarga de identidade, referências, pilares. Suas vozes atuam em mim como um bálsamo, me fazem lembrar quem sou, tudo o que já vivi e que ainda estou aqui para contar a história. São as pessoas a quem mais amo. Antídoto infalível para o meu stress é procurar e estar com uma delas.

Outra arma poderosa contra o carcará sanguinolento são algumas canções. Sabe aquela coisa da memória afetiva que remete a gente prum imediato sentir-bem? Há cheiros, gostos e música que têm esse poder teletransportador da alma. Vou colocar uma dessas músicas aqui hoje. Nem sei o porquê dessa específica música, mas ela me faz sentir bem. . . E que a paz do violão de Baden Powell esteja conosco!


sábado, 20 de fevereiro de 2010

Mudança, um tônico

Tenho a maior admiração pela escritora, poeta e cronista Lya Luft, acho-a um exemplo de mulher que se reinventa, sem inventar demais, se é que você me entende... Um dos livros dela, O Rio do Meio é, certamente, um dos meus "favoritos da vida". Há algum tempo, recebi um email contendo um texto dela, aquelas coisas da internet que a gente nunca sabe se a autoria está correta... Adorei o texto, encaminhei a uma amiga e agora resolvi publicar aqui. (O blog anda meio abandonadinho, mas ainda adoro poder partilhar coisas com meus amigos por esta via.)
Aí vai o maravilhoso texto (que agora descobri ser da Martha Medeiros*):

"
Os olhos da cara

Recentemente participei de um evento profissional só para o público feminino. Era um bate-papo com uma platéia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades. Principalmente idades. Lá pelas tantas fui questionada sobre a minha, e como não me envergonho dela, respondi. Foi um momento inesquecível. A platéia inteira fez um "oooohh" de descrédito. E quando eu disse que, até aqui, ainda não enfiei uma única agulha no rosto ou no corpo, foi mais emocionante ainda: "oooooooooooooooohhhhhh". Aí fiquei pensando: pô, estou nesse auditório há quase uma hora exibindo minha incrível e sensacional inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa na mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho. Onde é que nós estamos?

Onde não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado "juventude eterna". Estão todos em busca da reversão do tempo, e com sucesso: quanto mais ele passa, mais moços ficamos. Ok, acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas. Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas mesmo em idade avançada. A fonte da juventude chama-se mudança. Eu sei disso, você sabe, e a escritora Betty Milan também, tanto que enfatizou essa frase em seu mais recente livro, Quando Paris Cintila. De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora. A única maneira de sermos idosos sem envelhecer é não nos opormos a novos comportamentos, é termos disposição para guinadas. É assim que se morre jovem, sem precisar ter o mesmo destino de um James Dean ou de uma Marylin Monroe. Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos.

Mudança, o que vem a ser tal coisa?

Minha mãe recentemente mudou-se do apartamento em que morou a vida toda para um bem menorzinho. Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras que havia guardado, e mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu. Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos de idade. Rejuvenesceu. Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um ótimo emprego em Porto Alegre por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela caminha na beira da praia todas as manhãs. Rejuvenesceu.

Toda mudança cobra um alto preço emocional. Antes de tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza. Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face.

Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna. Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco, porque não existe plástica que resgate seu brilho. O que dá brilho ao nosso olhar é a vida que a gente optou por levar. Um olhar iluminado, vivo e sagaz impede que a pessoa envelheça. Olhe-se no espelho. Você tem um olhar de quem estaria disposta a cometer loucuras? Tem que ter.

E aí pode abrir o jogo, contar a verdade: tenho 39, 46, 57, 78 anos! Ooooooohhhhh. Uma guria."


Outra coisa que quero partilhar, ainda sobre o mesmo tema, é um livro chamado Wisdom (sabedoria), de Andrew Zuckerman, uma coletânea de depoimentos sobre envelhecimento, vida, sobre sabedoria de vida. Não tenho o livro... mas dois dos depoimentos que aparecem no vídeo me marcaram muito. O primeiro foi o do fabuloso maravilhoso Robert Redford, em que ele diz mais ou menos assim: "Sabedoria tem a ver com experiência, o que por sua vez inclui correr riscos e se aventurar". O outro, que amei, foi uma frase da escritora inglesa Rosamund Pilcher, ela diz simplesmente: "Você não deixa de fazer as coisas porque fica velho, você fica velho porque deixa de fazer as coisas."
Para assistir um breve vídeo sobre o projeto, clique aqui.


a beleza e elegância da sra. Rosamund Pilcher (foto tirada da internet)

* ERRATA:
o texto acima creditado à Lya Luft é de fato de uma outra cronista que adoro, Martha Medeiros, chama-se OLHOS DA CARA e foi publicado no jornal Zero Hora, em 1 de junho de 2008. (Minhas amigas Bia e Verônica, luas em Libra, têm razão.)

sábado, 23 de janeiro de 2010

Escravos da tecnologia

Salve, salve, meus amigos! Estava sumida, meio sem tempo de passar por aqui e rabiscar umas linhas... Brechó e consultório vão bem, obrigada! Sou eu mesma uma confessa escrava da tecnologia... Hoje, meus mapas são calculados pelo computador, tenho esse blog e o brechó é virtual, não preciso mais explicar mais nada, né? Passo horas em frente ao notebook e não gosto nem de pensar em quando ele dá qualquer problema...

Pois, ontem fui ao cinema ver AVATAR, uma festa para os olhos em 3d! O filme traz a velha mensagem da carta do Cacique Seattle, escrita em 1855 ao então presidente dos Estados Unidos, Francis Pierce. A mensagem, por sinal, pode ser velha mas continua atualíssima: somos todos filhos da Terra e estamos, por pura ganância e burrice, matando a nossa mãe. Uma vergonha... um horror, uma temeridade.

Mas o ponto onde quero chegar é o seguinte: na fila em frente à que eu estava sentada, no cinema, tinha uma família, pai, mãe e dois filhos adolescentes. O pai estava com o celular ligado. No meio do filme, o bicho tocou, o homem atendeu e a luz do celular dele ofuscava minha visão já meio doida por causa do oclinhos 3d. Curvei-me para a frente e disse: "dá pra desligar o celular por favor?" Fui educada, mas fiquei pensando... a única desculpa para alguém deixar o celular ligado no cinema é ser mãe e ter deixado o filho recém nascido em casa pela primeira vez para ver um filminho. No mais, se o sujeito não pode desligar o celular por duas horas, é simples, NÃO vá ao cinema!



quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Mensagens de Natal

Apesar de nunca ter sido lá muito fã do Natal, sempre gostei dos cartões. Agora, ao invés de chegarem pelo correio, eles vêm pela internet e eu continuo adorando recebê-los! Vou postar aqui dois dos que recebi, muito bacanas.

Esse a seguir veio de longe, lá de Fiji, onde mora meu amigo Owen. Espia que simpático, achei quase brasileiro o velhinho tropical, e ainda me fez lembrar minha querida vó Helena, que dizia que ser absurdo a gente aqui ter papai noel vestido de roupa de pelúcia em pleno verão carioca...



E esse aqui abaixo veio de Portugal, da amiga Isabel, teve tudo a ver com o que eu estava sentindo, adorei!



Delícia, né?
Aproveito para desejar um Natal terno e feliz, com de gente querida e alegria e agradeço as visitas aqui ao Mundo da Lua!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Gentileza é amor

Estive recentemente em Brasília para visitar a família. Um pouco na correria, pois é difícil encaixar tanta saudade em poucos dias ... mas foi muito gostoso sentir o acolhimento e o carinho com que fui recebida por cada um dos meus de lá. Pra terem uma idéia, marquei um lanche com uma amiga e, ao chegar em sua casa, havia uma mesa de Natal no jardim! Maravilhoso! Nessa casa, li a seguinte frase: "as pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem."

foto tirada do meu celular do detalhe da mesa da amiga

Nesse mesmo dia, o jantar na casa da outra querida era lagosta grelhada, regada à muita cerveja e muitas boas gargalhadas: uma delícia! Fui dormir todas as noites com a sensação de gratidão pela forma que estava sendo tratada. Muito bom se sentir querida. Nada substitui afeto. É o pão da alma.

Toda essa gentileza me fez pensar na forma como escolhemos tratar nossos pares. É mais corriqueiro ser amável com os que estão longe, com quem vemos pouco. O desafio é ser gentil com quem está ali ao lado, bem pertinho. Valorizar o outro apesar e justamente pela proximidade.

Esse é o meu desejo para todos nós em 2010: gentileza.

rosa branca do jardim mágico de um outro querido em Brasília.